Moro e nasci em Brasília, tenho 23 anos, tento ser webdesign, tenho uma tatoo (por enquanto), faço comunicação, sou de câncer com ascendente em capricórnio, tenho um filho, e na maior parte do tempo sou meio esquisita...
Impressionamte como as coisas
estão claras na nossa frente, e às vezes nós fechamos os
olhos, pois não queremos vê-las. Ficamos cegos e obssecados pela
felicidade outrora vivida, e insistimos no que a muito não vive, não
respira, já está em fase de decomposição. Nos esquecemos
que a verdadeira felicidade está dentro da gente, em nossas mentes e
corações.
Sempre coloco poemas que
eu gosto aqui, e me sinto reconfortada, quando em situações de
angústia, quando me sinto perdida, sei que aqui vou encontrar palavras
(mesmo que não minhas) verdadeiras sobre a vida, verdadeiras sobre as
experiências de outros. E ao reler essas palavras, me sinto impulsionada
a buscar algo maior do que simples prazer momentâneo.
Algo que eu sei que mereço,
sei que me aguarda, e que eu só não consegui alcançar ainda
por pura falta empenho, falta de maturidade, falta de reflexão. Daqui
a 5 dias eu chego aos meus 23 anos de vida, e chego com uma sensação
esquisita de que meus 22 anos foram os mais infelizes de toda minha existência.
Não ano perdido, por que foi o ano em que eu mais sofri, sofri por falta
de amor, sofri por indiferença, sofri por ter me esquecido de quem eu
sou e qual o meu papel nesse mundo. Sofri por não ter refletido sobre
mim e minha vida. Mas tive que vive-los, tive que sofre-lo, para chegar aonde,
e digo isso com muito orgulho, me encontro agora.Com
uma nova visão menos periférica da vida, das pessoas, do amor
que desesperadamente eu persegui.
Uma visão menos periférica
de mim mesma...
Ainda bem que estes 22
anos estão acabando. Mas acima de tudo, tenho pensado muito em como eu
me permiti tanta infelicidade, tanta dor e todo esse vazio, acreditando que
a minha felicidade estava em outras mãos senão as minhas próprias.
Não me arrependo de nada que eu fiz, por que eu fiz por acreditar em
algo que um dia, em um passado longíncuo me fez a mulher mais feliz desse
planeta. Não me sinto frustrada. Fui até o fim.
Deixei que me levassem,
talvez nem tão inconscientemente, para um poço escuro e frio...
Fui andando, não fui obrigada, nem amarrada, fui por mim mesma, fui sozinha. Poço onde eu fiquei um tempo, e repito fiquei por que eu quis. Por que estava com medo de sair, estava com medo do que tinha lá fora, acreditava que lá dentro eu estava segura.
Poço escuro e úmido de onde estou saindo agora. E nesse caminho
de saída, um sol tão intenso quase cega meus olhos, e sela um
novo período em minha vida. Onde eu andarei sozinha ao sol, porém
não solitária...
BEM-VINDOS 23!!!